O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) se consolidou como um banco de dados genéticos para instituições de todo o país.
Desde 2019, a unidade realizou mais de 6 mil análises, contribuindo para pesquisas sobre DNA e doenças genéticas. Um dos destaques do laboratório é o sequenciamento do vírus SARS-CoV-2, essencial para monitorar variantes da covid-19. Desde janeiro de 2021, quase 5 mil análises do vírus foram feitas no local. O método também é usado para estudar outros patógenos, como influenza, dengue e tuberculose.
O Lacen-DF emprega duas técnicas de sequenciamento: o método Sanger, que analisa fragmentos de DNA individualmente, e o NGS (Next-Generation Sequencing), que processa milhões de fragmentos simultaneamente.
A primeira técnica já permitiu mais de 180 identificações bacterianas. Além do coronavírus, o laboratório monitora vírus como influenza A e B, responsáveis pela gripe, e o causador da dengue. Desde março de 2023, foram feitas 940 análises de influenza e 567 de dengue.
O acompanhamento ajuda a prever surtos e identificar cepas circulantes. A unidade também analisa o Mycobacterium tuberculosis, bactéria causadora da tuberculose. O sequenciamento detecta mutações que tornam o microrganismo resistente a antibióticos, auxiliando no tratamento de casos mais complexos. Três análises desse tipo foram realizadas desde março de 2024. Em 2024, o Lacen-DF processou 258 mil exames, incluindo quase 60 mil testes para HIV e aproximadamente 44 mil para hepatite B.
O laboratório também realizou 25 mil análises de vírus respiratórios, 12,8 mil determinações de carga viral do HIV e 544 exames para detectar exposição a agentes tóxicos.