Novo Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do DF (SES) aponta para queda de mais de 97% nos casos de dengue. Até o dia 29 de março deste ano, foram confirmados 6,1 mil casos prováveis. No mesmo período do ano passado, foram 220 mil casos, quando, segundo a Secretaria, foi o pico da epidemia da doença na capital federal.
Ao Correio da Manhã, a SES destaca que o resultado é fruto de ações de combate. Segundo a secretaria, a intensificação das visitas domiciliares e o aumento no número de vigilantes sanitários, que quase dobrou, estão entre os fatores. A pasta afirma que as estratégias que eliminaram os focos e o uso de tecnologias foram essenciais para a eliminação.
Apesar da redução significativa, em nota à reportagem, a Secretaria alerta que a dengue não está erradicada, mas que o DF não se encontra mais em estado de epidemia.
“A expectativa para 2025 é positiva, sem projeções de nova epidemia, mas o risco permanece, especialmente a partir do próximo período sazonal, que se inicia em outubro”, afirma.
“A colaboração da população continua sendo fundamental. Mesmo diante do cenário atual favorável, é essencial manter os cuidados com o acúmulo de água e eliminar possíveis criadouros do mosquito, visto que o Aedes aegypti também transmite outras arboviroses”, pede a secretaria.
Vacinas
Apesar da melhora, a secretaria preocupa-se com a baixa cobertura vacinal. Segundo os dados, foram aplicadas 231.794 doses da vacina de dengue pelo SUS do DF. Sendo que 94.317 tomaram a primeira dose e apenas 45.520 a segunda. O número é inferior ao esperado, que visa atingir 90% do público alvo.
As doses estão disponíveis para adolescentes de 10 anos completos a 14 anos de idade. São duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas.
A pasta afirma que caso a pessoa tenha sido diagnosticada com dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar o esquema vacinal. Se houve a contaminação por dengue após a primeira dose, deve-se manter a data prevista para a segunda dose, desde que haja um intervalo de 30 dias entre a infecção e a segunda dose.
Além do vírus da dengue, o mosquito Aedes aegypti transmite febre amarela urbana, chikungunya e zika. No primeiro trimestre de 2025, o DF contabilizou 59 casos confirmados de chikungunya.