Pela primeira vez, a equipe brasiliense Robot’s District, formada por estudantes do Serviço Social da Indústria do Distrito Federal (Sesi-DF) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do DF (Senai-DF), participarão da competição First Championship, que ocorrerá entre os dias 16 e 19 de abril em Houston, no Texas, Estados Unidos.
Outras duas etapas regionais, em São Paulo e Brasília, antecederam a competição internacional. As equipes com as maiores pontuações foram classificadas para o evento nos EUA.
A temporada da disputa tem como tema “First Dive” (Primeiro Mergulho) com subtema “Reefscape”, termo em inglês que combina as palavras recife e paisagem. Na ocasião, os robôs produzidos deverão cumprir as missões propostas pelos jurados da arena.
Além do representante do Distrito Federal, nove equipes brasileiras estão na classificatória, sendo sete de São Paulo, uma de Mato Grosso e outra do Rio Grande do Sul.
Treinamento
Em entrevista ao Correio da Manhã, o técnico da equipe, Eduardo de Oliveira, explica que foi realizado um treinamento intensivo, com os 14 membros da equipe, para a competição. Para ele, a pluralidade de pensamentos foi essencial.
“Na equipe, temos alunos do ensino médio que estudam várias áreas do conhecimento. São perfis diferentes que se juntam e agregam conhecimento, o que faz com que a equipe alcance novos ares e tenha visões distintas no desenvolvimento de produtos e projetos. Este ano, com a experiência do ano anterior, construímos um robô ainda melhor”, compartilha.
O professor conta que o robô que será levado pesa 52 quilos, com 70,6 centímetros de largura e 93 de altura.
Para Matheus Xavier, 17 anos, da 3ª série do Ensino Médio no Sesi-DF, o evento simboliza a colheita dos frutos que a equipe plantou. Para ele, representa a persistência de cada um.
“Desde pequeno, tenho essa vivência com a robótica aqui no Sesi. Quando surgiu a oportunidade de ingressar em uma equipe, foi paixão à primeira vista. Primeiro, em uma equipe da categoria First Lego League Challenge e agora na modalidade First Robotics Competition. Aqui, eu desenvolvo minhas capacidades técnicas para o mercado de trabalho. A robótica ensina sobre incentivar as pessoas”, compartilha.
Nicollas Trindade também tem 17 anos e cursa a mesma série de Matheus. Para ele, a classificação representa o esforço coletivo.
“Desde criança, sempre tive o desejo de trabalhar com programação, pegava o computador e estudava essa linguagem. Quando entrei no Sesi, esse desejo de aprender mais e mais foi me impulsionado. Esse é um dos principais fatores da minha evolução na robótica”, conta.