Em duas semanas, dois casos de violência em escolas públicas assustaram os moradores do Distrito Federal. Por esse motivo, a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) promoveu audiência pública com membros das Secretarias de Educação e de Segurança Pública do DF (SSP) na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para debater novas políticas de segurança nas escolas do DF.
O primeiro caso ocorreu no Centro Educacional 01 do Gama, quando um aluno esfaqueou outro dentro da unidade, no dia 31 de março. Na semana passada, no dia 8, mais um caso de esfaqueamento dentro da escola assustou a comunidade escolar do Colégio Cívico-Militar de Brazlândia.
Durante a audiência a coordenadora da Regional de Ensino do Gama, Cássia Maria Nunes, lamentou o caso e ressaltou a importância de medidas a curto prazo para além de políticas de prevenção. Ela disse que, em 31 anos como educadora, nunca tinha presenciado uma cena de violência como a que aconteceu na escola do Gama. Segundo ela, já foram realizadas mais de dez transferências de alunos da região para evitar brigas maiores.
Segundo a Polícia Militar (PMDF), o Batalhão de Policiamento Escolar, em 2024, realizou a apreensão de mais de 100 objetos que apresentavam risco para os estudantes, incluindo facas e armas de fogo.
O secretário executivo de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), Alexandre Patury, destacou a dificuldade de lidar com a violência das escolas quando o estudante vem de uma família desestruturada que convive em contexto de violência.
Paula Belmonte propôs que seja realizado uma nova audiência com a presença dos jovens para escutá-los e compreender as demandas que precisam ser supridas para erradicar os casos de violência dentro das escolas.
Guardião Escolar
Durante a sessão, foi apresentado o Programa Guardião Escolar. A iniciativa permite que as escolas dialoguem diretamente com a Polícia Militar para acionar todos os órgãos responsáveis e promover ações de segurança em todo o perímetro escolar.
Além disso, as escolas que aderem o programa têm acesso a um aplicativo em que, durante uma ocorrência, é possível fazer o acionamento direto com o batalhão escolar para um atendimento prioritário.
A PMDF também destaca que as escolas que participam do programa são monitoradas por câmeras do órgão.
