Por: Thamiris de Azevedo

Usuários reclamam da superlotação dos ônibus

Pesquisa do TCDF pode ser respondida no site do tribunal | Foto: TCDF/Divulgação

Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (16), o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apresentou o primeiro resultado parcial da pesquisa de satisfação dos usuários de ônibus do DF. Até a próxima segunda-feira (21), os interessados podem responder à pesquisa no site do Tribunal.

O relatório preliminar revela que a principal queixa é a superlotação nos veículos, seguido do tempo de espera nas paradas e, em terceiro lugar, a falta de informação sobre as linhas e horários dos ônibus.

Segundo o TCDF, com base nos resultados será possível traçar um diagnóstico real do transporte público no DF para orientar as próximas fiscalizações do Tribunal. Os dados também podem auxiliar a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) a aperfeiçoar os serviços oferecidos aos passageiros.

A reportagem questionou a Semob sobre as queixas. Ao Correio da Manhã o secretário Zeno José Gonçalves ressalta a importância do TCDF, mas destaca que a enquete não tem os rigores de uma pesquisa estatística.

“Uma enquete de internet na qual não se tem o controle de quem responde e qual é a profundidade dos dados pode distorcer o resultado. Nos preocupamos com isso. Mas avaliamos como mais um instrumento para as melhorias dos nossos processos”, afirma.

Pagamento digital

Por outro lado, a conversão do pagamento físico para o digital foi bem avaliada pelos usuários. Desde dezembro de 2024, as viagens em transportes públicos só podem ser pagas por meio de cartões, vale-transporte, passe livre estudantil ou cartão mobilidade.

O secretário ressalta que modernidade do sistema representa um ganho significativo, especialmente na agilidade dos embarques e da segurança, com a diminuição dos roubos.

“Veja que a pesquisa da TCDF apontou um número expressivo nos roubos, mas as nossas pesquisas internas e os dados da secretaria de segurança apontam que na verdade está caindo. Volto a dizer, nós precisamos que o Tribunal nos apresente esses dados abertos para que a gente faça uma análise estatística porque se não corremos o risco de não obtermos dados reais”, critica.