Por:

Philippe é da Plebe

Por Mayariane Castro

É um calhamaço. Nada menos que 640 páginas de textos e fotos. E poderia ser maior: a versão inicial tinha 900 páginas. O livro, porém, conta uma histórica icônica. São as memórias do guitarrista e vocalista da Plebe Rude, Philippe Seabra, e da sua importância na história da cena rock brasiliense dos anos 80, que fez nascer também a Legião Urbana e o Capital Inicial, entre outras bandas.

"O Cara da Plebe" é o relato pessoal de Philippe Seabra. sobre sua trajetória, abordando não apenas os primórdios de sua carreira na música, mas também questões sociais e políticas de sua geração e de sua cidade natal. A publicação, que é mais que um simples registro da história da famosa banda de punk rock brasiliense, se expande para reflexões sobre a arte, a educação e o Brasil das últimas décadas.

O livro de Seabra é dividido em quatro atos, sendo que cada um deles explora diferentes períodos de sua vida e da Plebe Rude. Para o autor, o mais desafiador foi escrever sobre a época do auge nos anos 1980, quando a banda alcançou destaque no cenário nacional e começaram as primeiras divergências internas. Contudo, ele revela que, ao contrário de alguns relatos de músicos sobre o tema, procurou tratar essa fase de forma respeitosa e sem ressentimentos.

Em entrevista ao Correio da Manhã, Seabra afirmou que, por muito tempo, não considerou a ideia de escrever suas memórias.