A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) lançou um alerta sobre os desafios iminentes para o Nordeste brasileiro. O estudo, divulgado na última quarta-feira (31), denominado "Impacto das Mudanças Climáticas nos Recursos Hídricos do Brasil", revela que, sem redução nas emissões de gases de efeito estufa, a região pode enfrentar uma perda de até 40% da água disponível até 2040, destacando a importância de medidas preventivas
As projeções indicam um aumento significativo nos trechos de rios intermitentes na região, com riscos críticos, especialmente em áreas próximas às cabeceiras. Em situações extremas, como a seca histórica na Amazônia no ano passado, a população enfrenta riscos iminentes de escassez de água, impactando o abastecimento de cidades, a geração de energia hidrelétrica e a agricultura, além de ameaçar a saúde pública.
O estudo considerou diferentes cenários, desde altas emissões de carbono, com mais de 4,5°C de aquecimento global, até quadros mais otimistas. Mesmo nos cenários mais favoráveis, observou-se uma diminuição de 20% nos níveis de rios na região. A situação se agrava em cenários pessimistas, agravando a escassez de água no semiárido e gerando prejuízos para as atividades essenciais.
A região Sul, por outro lado, projeta um aumento médio de 5% na disponibilidade hídrica até 2040, embora haja um crescimento na variabilidade desse indicador.
O Sudeste, em meio a incertezas quanto à ocorrência de chuvas, não apresenta cenários tão claros.
A pesquisa utilizou uma ampla gama de dados climáticos atuais e futuros, além de modelagem hidrológica para produzir cenários futuros de disponibilidade hídrica. (Com informações da Folhapress)
