A prefeitura de Maceió adquiriu um terreno no bairro Santa Amélia com o intuito de ampliar o Cemitério São Luiz, buscando resolver o problema de falta de vagas para sepultamentos na capital. O pagamento pela área já foi efetuado, segundo a Defensoria Pública Estadual, que aguarda decisão judicial para a emissão da posse e o início das obras.
A decisão visa também reduzir o número de corpos aguardando sepultamento no Instituto Médico Legal (IML), bem como oferecer uma solução para famílias que desejam transferir restos mortais de parentes sepultados no Cemitério Santo Antônio, localizado em Bebedouro, área afetada pelo afundamento do solo devido à mineração de sal-gema.
Para Lucas Valença, defensor público estadual, a ampliação do Cemitério São Luiz representa uma solução de médio e longo prazo para a falta de vagas em Maceió. Ele ressaltou que a prefeitura já efetuou o pagamento pela desapropriação da área e que o próximo passo é obter a posse por meio do poder judiciário para iniciar as obras.
Apesar da confirmação do pagamento, ainda não há uma data confirmada para o início das obras. Valença afirmou que a prefeitura informou sobre uma possível decisão judicial na próxima semana para emitir a posse e iniciar as obras, ressaltando a urgência em resolver a situação.
Quanto ao Cemitério Santo Antônio, a Defensoria Pública Estadual ajuizou uma Ação Civil Pública e aguarda decisão judicial, embora ainda não haja uma liminar devido a questionamentos de competência por outros órgãos.
A compra do novo terreno visa também desafogar a superlotação de corpos não reclamados e não identificados no IML. Atualmente, 160 corpos aguardam sepultamento no instituto, sendo que a maioria não é de pessoas falecidas em Maceió. A defensoria já tratou com os municípios sobre sua responsabilidade em sepultar esses corpos.
