A seleção do documentário sergipano "Velho Chico, a alma do povo Xokó" para a mostra competitiva do 52º Festival de Cinema de Gramado trouxe grande alegria para a comunidade do Colégio Indígena Estadual Dom José Brandão de Castro. Situado na Ilha de São Pedro, em Porto da Folha, o colégio celebra o reconhecimento de uma produção que retrata a vida e a cultura dos indígenas Xokó na Terra Indígena Caiçara.
O documentário, que conta com a participação de alunos, professores e lideranças indígenas, mostra a relação dos Xokó com o rio São Francisco, conhecido como Velho Chico. A diretora do colégio, Ângela Apolônio, destaca o orgulho de ver a história do povo Xokó sendo compartilhada nacionalmente. Daniely Silva dos Santos Lima, coordenadora pedagógica e professora indígena, enfatiza a importância de registrar e divulgar a história do povo Xokó e sua conexão com o rio São Francisco. Ela acredita que o documentário eterniza a memória e a vivência dos Xokó.
Para o Cacique Bá, a seleção do documentário é uma vitória e motivo de emoção. Ele destaca que a produção ilustra a história e a alma dos Xokó, assim como sua relação com o Velho Chico, e expressa esperança de conquistar o troféu Kikito de Ouro.
O 52º Festival de Cinema de Gramado anunciou recentemente os filmes concorrentes em suas mostras competitivas. Dos 158 títulos submetidos, cinco foram selecionados para a competição de longas documentais, incluindo "Velho Chico, a alma do povo Xokó". O documentário, com 71 minutos de duração, narra a relação dos Xokó com o rio São Francisco, considerado uma entidade viva pelos indígenas.
"Velho Chico, a alma do povo Xokó" é uma realização da WG Produções, dirigida por Caco Souza e roteirizada por Lelê Teles. O filme recebeu recursos da Agência Nacional de Cinema (Ancine), através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), e apoio do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) e da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap).
