O Centro de Excelência Nelson Mandela, localizado em Aracaju, iniciará uma nova edição do projeto "Alma Africana: reconhecendo as diferenças, esperançando a equidade". Coordenado pelo professor Evanilson Tavares, o projeto promoverá visitas pedagógicas a 12 comunidades quilombolas de Sergipe a partir desta quarta-feira, 31. O objetivo é proporcionar aos alunos uma experiência imersiva no cotidiano dos moradores dessas comunidades, explorando suas raízes, simbolismos e heranças ancestrais.
O projeto "Alma Africana" teve início na Escola Estadual Benedito Oliveira e passou pelo Colégio Estadual John Kennedy. Atualmente, é realizado pela segunda vez no Centro de Excelência Nelson Mandela. O projeto promove a educação antirracista por meio de diversas atividades, incluindo oficinas, formações, peças teatrais, gincanas culturais, publicação de poemas e livros, e produção de documentários. Também há a entrega de troféus para docentes e colaboradores externos que contribuem com o projeto.
Desde 2005, quando foi criado pelo professor Evanilson, o projeto envolve a escola em atividades ao longo de todo o ano letivo. Cada turma realiza uma visita a uma comunidade quilombola para vivenciar seu cotidiano. Durante essas visitas, os alunos participam das atividades comunitárias, organizam rodas de conversa, entrevistam lideranças locais, fazem registros fotográficos e produzem documentários com seus próprios celulares.
O projeto conta com parcerias importantes, como o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Instituto Braços e diversos movimentos negros. Segundo o professor Evanilson, o "Alma Africana" é composto por 13 ações estratégicas que visam combater o racismo e descolonizar o currículo escolar.