B20 debate impactos da inteligência artificial

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Líderes empresariais globais se reuniram no B20 para debater os impactos da Inteligência Artificial no futuro do trabalho, em evento paralelo ao encontro do Grupo de Trabalho de Emprego do G20 Brasil. Realizado em Fortaleza, o workshop "Potencial Transformativo da IA e uma Transição Justa" abordou temas como oportunidades e desafios da IA, transição justa, desenvolvimento de competências e efeitos na ação climática.

O B20, principal fórum do setor privado do G20, é liderado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Organização Internacional de Empregadores (IOE) e Deloitte. Aproximadamente 1.200 líderes empresariais participam dos grupos de trabalho do B20, dedicando-se à elaboração de propostas e recomendações de políticas públicas desde o início do ano.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, abriu a reunião destacando peculiaridades do mercado de trabalho brasileiro e a produtividade em setores como indústria e construção civil. Ele enfatizou a importância do diálogo sobre relações de trabalho e qualificação da mão de obra.

As forças-tarefas do B20 focam em cinco eixos principais: promoção do crescimento inclusivo e combate à fome, pobreza e desigualdades; transição justa para zerar emissões líquidas de gases de efeito estufa; aumento da produtividade por meio da inovação; promoção da resiliência das cadeias globais de valor; e valorização do capital humano.

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Carlos Prado, apresentou a perspectiva da indústria cearense, que já investe em requalificação e preparação profissional para ocupações futuras. Ele mencionou a criação de um centro de excelência em transição energética no Senai do Ceará, voltado à preparação de mão de obra para a produção de hidrogênio verde.