Ministros do G20 aprovam declaração sobre trabalho

Em Fortaleza, Ceará, ocorreu a quinta etapa das atividades do Grupo de Trabalho sobre Emprego do G20 Brasil. A reunião, realizada entre 23 e 26 de julho, culminou na aprovação de uma declaração ministerial sobre trabalho. O documento será levado à cúpula de chefes de estado em novembro, no Rio de Janeiro.

A declaração enfatiza a necessidade de geração de empregos formais e trabalho digno como passos cruciais para uma distribuição de renda mais equitativa. Além disso, discutiu-se a importância da equidade de gênero e da remuneração igualitária entre homens e mulheres, bem como a melhoria das condições de trabalho.

"Tratamos sobre a necessidade de equidade de gênero e remuneração igual entre homens e mulheres, da melhoria necessária do ambiente do trabalho dos vários países. (…) Seguramente, ambientes tranquilos e propícios no ambiente de trabalho ajudam na qualidade, na produtividade e na saúde das pessoas", destacou o ministro do Trabalho e Emprego (MTE) do Brasil, Luiz Marinho.

A promoção de uma transição justa no processo de transformações digitais e energéticas, e o uso da tecnologia para ajudar na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores também fizeram parte dos debates. De acordo com a ministra do Trabalho e Economia Social da Espanha, Yolanda Diaz, um dos principais desafios compartilhados entre os países é o da digitalização do trabalho.

"No que diz respeito a exploração do trabalho em plataformas digitalizadas, o nosso grupo criou (entre outras ações) normas que definem que esses trabalhadores sejam assalariados. Esse é um debate que ainda está sendo construído junto com a União Europeia e que é complexo, pois também diz respeito a outras entidades multinacionais", comentou a ministra espanhola.

Além das discussões, Brasil, Espanha e África do Sul anunciaram uma aliança global para enfrentar desafios relacionados ao trabalho, como crise climática e desigualdade crescente.

Representante do país sede do G20 em 2025, Nomakhosazana Meth, ministra do Emprego e Trabalho da África do Sul, destacou que o objetivo é dar continuidade ao que vem sendo construído pelo fórum global durante a presidência brasileira. "O nosso comprometimento é realmente com o trabalho dos jovens, igualdade salaria para todos, condições justas de trabalho e acho que nenhum país discorda disso", afirmou a ministra sul-africana.