Bahia realiza recuperação da Fundação Jorge Amado

A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder) iniciou nesta terça-feira (29) a recuperação das fachadas dos casarões n°49 e 51, que abrigam a Fundação Casa de Jorge Amado (FCJA), no Largo do Pelourinho, Salvador. A intervenção inclui pintura e restauração dos imóveis que formam a sede da fundação.

A FCJA, criada em 1987, visa preservar e promover o legado do escritor Jorge Amado (1912-2001) e de sua esposa, Zélia Gattai (1916-2008). O coordenador do escritório da Conder no Centro Histórico de Salvador, arquiteto Zulu Araújo, informou que a cor da fachada da FCJA segue a paleta definida pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). Segundo Araújo, a Conder realiza esses trabalhos de acordo com diretrizes estabelecidas pelo Ipac para garantir a uniformidade estética no Pelourinho.

A recuperação da fachada da Fundação antecede a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô 2024), que ocorrerá de 7 a 11 de agosto. Durante o evento, o imóvel atrai um grande número de visitantes, o que destaca a importância da preservação estética do local.

Além da FCJA, a Conder tem atuado em outras frentes no Centro Histórico de Salvador. Recentemente, a empresa restaurou as fachadas do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult-BA) e dos imóveis do lado direito do Largo do Pelourinho. Também foram recuperadas a fachada da Igreja de Santo Antônio e da Ordem 3ª do Carmo. No ano passado, a Conder pintou imóveis na Rua Direita de Santo Antônio.

Atualmente, a Conder está envolvida na pintura de imóveis na Rua Gregório de Mattos e na Rua das Laranjeiras, onde também está restaurando um sanitário público que será reaberto em agosto. A recuperação do telhado da antiga Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus e o paisagismo no bairro do Santo Antônio também estão entre as ações realizadas.

As atividades da Conder abrangem áreas como mobilidade urbana, habitação, urbanização e manutenção de equipamentos urbanos em toda a Bahia. No Centro Histórico de Salvador, a conservação dos imóveis é, primeiramente, responsabilidade dos proprietários, seguida pela administração municipal e fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que protege a região, reconhecida como Patrimônio Nacional desde 1984 e Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1985.