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Piauí ultrapassa 6 GW em capacidade de energia limpa

O Piauí alcançou, em julho de 2024, a marca de 6 GW em capacidade instalada de energia limpa, consolidando-se como o terceiro maior produtor de energia solar e eólica do Brasil na geração centralizada. Com 178 usinas em operação, a energia gerada no estado é suficiente para abastecer mais de 3 milhões de residências. A maior parte dessa energia provém de 118 parques eólicos, que juntos somam 4 GW, enquanto os 60 parques solares do estado contribuem com 2 GW.

Os 17 municípios piauienses que abrigam usinas de energia renovável demonstram a importância crescente do estado no setor. Entre as cidades destacam-se Parnaíba, Marcolândia, Caldeirão Grande, Simões, e Ilha Grande. De acordo com o presidente da Investe Piauí, Victor Hugo Almeida, o estado já possui um dos principais parques solares do país e o maior parque eólico da América. Os empreendimentos fazem parte de um esforço contínuo para expandir a infraestrutura energética do Piauí, que produziu 24,85% mais energia eólica em 2022 do que no ano anterior, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O Parque Eólico Lagoa dos Ventos, localizado nos municípios de Lagoa do Barro do Piauí, Queimada Nova e Dom Inocêncio, é o maior complexo do tipo no Brasil, com uma capacidade instalada de 1,5 GW. O parque foi inaugurado em 2021 pela Enel Green Power. Além disso, o estado se prepara para abrigar o maior complexo de energia solar do Brasil, anunciado em junho pela empresa espanhola Solatio. Localizado em Bom Princípio do Piauí, o novo parque terá uma potência de 4 GW e a construção da infraestrutura deve começar em 2025, como parte da primeira etapa do projeto.

Outra vertente promissora para o Piauí é a produção de hidrogênio verde (H2V), considerado o combustível do futuro. O complexo solar da Solatio será fundamental para abastecer a usina de hidrogênio verde que a empresa planeja construir em Parnaíba. O governador do Piauí, Rafael Fonteles, destacou que o estado produz cinco vezes mais energia do que consome, com uma matriz elétrica 100% limpa. O excedente é exportado para o sudeste do país e, em breve, será convertido em hidrogênio verde para exportação global.

Em dezembro de 2023, Fonteles e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, lançaram o projeto. O empreendimento, que será conduzido pelas empresas Green Energy, da Croácia, e Solatio, da Espanha, terá um investimento de R$ 200 bilhões.