Educação antirracista é promovida em Sergipe

Selo Maria Beatriz Nascimento incentiva inclusão em escolas

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O selo antirracista "Professora Maria Beatriz Nascimento", instituído por decreto em 2023, visa reconhecer e visibilizar as ações de combate ao racismo em escolas. Nesta segunda edição, 184 instituições educacionais participaram do programa, com o objetivo de promover uma educação inclusiva e diversa. O selo valoriza as práticas que garantem um ambiente escolar equitativo e livre de manifestações racistas.

O programa também inclui a promoção de atividades sobre Cultura e História Africana, Afro-Brasileira e Indígena. A primeira edição do selo foi concedida em março de 2024, referente às ações realizadas em 2023. Com a certificação, as escolas se comprometem a oferecer uma educação diversificada e a trabalhar pela eliminação do racismo nas suas rotinas.

A coordenadora de Educação do Campo e Diversidade da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Cecad/Seduc), Geneluça Santana, explica a importância dessas atividades para o fim das desigualdades no ambiente educacional. "O selo é de muita importância para a rede pública estadual, porque temos 79% dos estudantes negros; então precisamos garantir que esses estudantes tenham acesso à educação e permaneçam na escola. O selo vem para que futuramente possamos reduzir as desigualdades educacionais entre estudantes", ressaltou.

O Centro de Excelência José Carlos de Souza iniciou, em abril, um projeto de equidade racial que inclui formação de professores em letramento racial, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O projeto "Quintas-feiras negras" oferece oficinas sobre identidade, cultura e beleza negra, além de um clube de protagonismo estudantil que debate intolerância.

O Centro de Excelência Barão de Mauá, no primeiro semestre de 2024, realizou uma campanha para corrigir equívocos na autodeclaração étnico-racial entre alunos, esclarecendo as categorias definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Neste semestre, o centro está promovendo uma campanha contra o racismo recreativo, forma comum de racismo nas escolas, e realizará um concurso de redações sobre o tema. Além disso, serão produzidos esquetes teatrais sobre racismo para a semana da Consciência Negra, e a escola mantém uma trilha permanente de conhecimento sobre o assunto.