Energia solar ganha mais força no Nordeste

Produtores rurais ampliam uso de energia solar fotovoltaica

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A transição energética no Brasil tem levado produtores rurais a buscar soluções mais sustentáveis para suas atividades, sem comprometer a eficiência e a lucratividade de suas operações. Uma das alternativas que se destaca nesse contexto é a energia solar fotovoltaica, que tem sido cada vez mais adotada nas áreas rurais do país.

A energia solar fotovoltaica é considerada uma das fontes energéticas mais limpas e inesgotáveis disponíveis atualmente. Ela se apresenta como uma opção relevante para a produção rural, ao oferecer uma forma de energia que, além de ser mais econômica, também é ambientalmente responsável. A produção de energia elétrica, em geral, gera impactos negativos ao meio ambiente, variando em intensidade conforme a matriz energética utilizada.

As usinas hidrelétricas, por exemplo, não são isentas de emissões de gases de efeito estufa (GEEs). Os reservatórios dessas usinas, que são sistemas aquáticos artificiais, acabam emitindo dióxido de carbono e metano devido à decomposição da matéria orgânica inundada. Essa matéria orgânica inclui vegetação, solos e algas presentes no reservatório, além de sedimentos e outras substâncias trazidas pela bacia do rio. Quando as águas profundas desses reservatórios passam pelas turbinas das usinas, a queda abrupta na pressão hidrostática causa a liberação de grande parte desses gases.

Outro fator de impacto significativo é a queima de combustíveis fósseis para a geração de energia elétrica. Esse processo é o principal responsável pela emissão de GEEs, o que contribui para a crise climática e traz consequências diretas para a saúde pública. A energia gerada por termelétricas, que utilizam petróleo, carvão mineral, gás natural ou a fissão nuclear, também é menos sustentável, uma vez que depende de recursos naturais esgotáveis e é responsável por emitir grandes quantidades de poluentes.

Nesse cenário, a energia solar fotovoltaica surge como uma solução viável para substituir ou complementar a tradicional rede pública de distribuição elétrica. O crescimento da instalação de sistemas solares em áreas rurais brasileiras é um indicativo dessa mudança. Até o final de 2023, a zona rural do Brasil contava com cerca de 202 mil sistemas instalados, representando 8,74% do total de instalações de energia solar no país.