A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que o estado do Rio Grande do Norte, assim como o restante do país, terá a aplicação da bandeira tarifária vermelha no patamar 2 para o mês de outubro. Essa mudança trará um aumento no custo da energia elétrica para residências e empresas, com a cobrança adicional de R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. O anúncio foi feito pela Aneel na última sexta-feira (27).
A bandeira vermelha é utilizada em momentos de maior escassez de recursos hídricos, quando o custo da geração de energia aumenta. Segundo a Aneel, a medida reflete as condições hidrológicas desfavoráveis que impactam a geração de energia nas principais usinas hidrelétricas do país. A adoção do patamar 2, a mais elevada das bandeiras tarifárias, ocorre pelo segundo mês consecutivo, já que em setembro a bandeira vermelha também foi acionada. O consumo médio em uma residência urbana no Brasil varia entre 150 kWh e 200 kWh por mês, o que significa que o impacto do aumento pode ser significativo para muitas famílias. Sem a utilização de aparelhos de ar-condicionado, esse valor já tende a aumentar no período seco, quando o uso de ventiladores e outros aparelhos elétricos pode ser intensificado. Esse novo aumento tarifário ocorre após um período de alterações na bandeira tarifária no estado. Em julho, depois de 26 meses de vigência da bandeira verde, o Rio Grande do Norte teve a aplicação da bandeira amarela, que também trouxe um custo adicional para o consumidor. Já em agosto, a bandeira voltou a ser verde, o que reduziu temporariamente os valores cobrados nas contas de energia.
A bandeira verde, por sua vez, indica condições mais favoráveis para a geração de energia, sem cobranças adicionais. No entanto, a volta da bandeira amarela e, posteriormente, a adoção da bandeira vermelha refletem a piora das condições de abastecimento energético no Brasil. As bandeiras tarifárias foram implementadas no Brasil com o objetivo de sinalizar ao consumidor as condições de geração de energia no país. Elas funcionam como um sistema de cores - verde, amarela e vermelha -, que varia conforme a oferta de energia e os custos de produção.
