O preço do azeite de oliva registrou alta de 39,95% em Salvador e na Região Metropolitana entre setembro de 2023 e agosto de 2024, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi o segundo maior do período, ficando atrás apenas da batata inglesa, que subiu 51,46%. O Brasil, segundo maior importador de azeite de oliva no mundo, sentiu o impacto da elevação dos preços devido à redução da safra de azeitonas em países exportadores como Espanha, Itália e Portugal. A supervisora de disseminação de informações do IBGE, Mariana Viveiros, explicou que a diminuição na produção de azeitonas nesses países, causada por condições climáticas adversas, como calor intenso e falta de chuvas, afetou diretamente a oferta global de azeite. "Esses países tiveram dificuldades de colheita devido ao calor intenso e à falta de chuvas, causando uma redução na produção do azeite, que ficou mais caro para os importadores, com o aumento chegando para o consumidor", afirmou Mariana.
A situação climática desfavorável em 2022 e 2023 reduziu a produção, o que fez os preços subirem para os importadores e, consequentemente, para os consumidores brasileiros. Apesar de uma leve melhora nas condições de colheita recentemente, as perdas acumuladas nos anos anteriores ainda não foram totalmente compensadas. No acumulado de 2024, os preços do azeite aumentaram 19,78%, com uma redução pontual de 0,61% em agosto, a primeira queda desde março de 2023, quando o preço caiu 1,49%. Mariana destacou que é necessário aguardar os próximos meses para avaliar se a redução de agosto é uma tendência ou apenas um movimento isolado no mercado.
