Com a retomada do programa Mais Médicos em 2023 pelo Governo Federal, o Ceará conta atualmente com cerca de 1,7 mil profissionais em atuação. O dado foi divulgado no último dia 18 pelo Ministério da Saúde. Em menos de dois anos desde a retomada, o programa já cobre cerca de 80% dos municípios com menos de 52 mil habitantes. O Programa é uma política pública voltada para melhorar o atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, enviando médicos para regiões prioritárias. Essas áreas geralmente são remotas, de difícil acesso e possuem alto índice de vulnerabilidade, muitas vezes carecendo completamente de profissionais de saúde. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, considera o crescimento do programa uma conquista significativa. "É essencial para o SUS chegar a todo o país. O Mais Médicos é uma realidade que faz diferença. Quando assumimos o governo, havia menos de 13 mil profissionais em atividade. Hoje, já ultrapassamos 25 mil médicos atuando no Brasil e queremos chegar a 28 mil daqui para frente", afirmou a ministra em nota à imprensa. Uma das novidades do programa foi a inclusão, pela primeira vez na história, de vagas para a Amazônia Legal, uma região que sempre enfrentou grandes dificuldades para garantir a presença de profissionais de saúde. Em 2023, municípios de alta vulnerabilidade social passaram a contar com médicos pela primeira vez, como Amapá do Maranhão (MA), Anori (AM), Calcoene (AP), Lizarda (TO), Nhamundá (AM), Paranã (TO), Quaticuru (AM), Santa Isabel do Rio Negro (AM), Santa Luiza do Pará (PA), Joselândia (MA), Pium (TO), Raposa (MA) e Senador Alexandre Costa (MA). Além disso, no primeiro semestre de 2024, foi lançado um edital do programa com vagas específicas para atendimento aos povos tradicionais nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas. O DSEI é uma unidade gestora descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, orientada para um espaço etno-cultural, geográfico e populacional bem delimitado. Esse modelo organiza os serviços de saúde para atender às comunidades indígenas de forma racionalizada e qualificada. No edital, foram ofertadas 196 vagas, e o número de médicos atuando em territórios indígenas mais que dobrou, passando de 242, em 2022, para 570 atualmente.