A Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) participou do encerramento do ciclo 2022-2024 da Rede Oceano Limpo, evento realizado em São Paulo (SP) na última terça-feira (29). A reunião contou com representantes de sete estados, incluindo Amapá, Ceará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, que discutiram estratégias inovadoras para o combate ao lixo marinho e destacaram avanços em políticas públicas para a preservação dos ecossistemas costeiros. A Rede Oceano Limpo, coordenada pela Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano, em parceria com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e com apoio da Embaixada da Noruega, integra ações de limpeza e preservação marinha às políticas públicas estaduais. O objetivo é promover a cooperação entre governos e sociedade na redução da poluição oceânica, fortalecendo uma cultura de conservação ambiental.
Representando a Sema, Luana Pimentel, diretora de Políticas e Planejamento Ambiental, ressaltou que a Bahia, com 1.181 km de costa e 53 municípios litorâneos, necessita de programas contínuos de preservação. "A poluição marinha é um tema global, já que o lixo descartado em uma região pode atingir outras. A Noruega, por exemplo, busca parcerias com países como o Brasil, que possui uma vasta zona costeira, para implementar estratégias de combate à poluição marinha e promover o descarte correto dos resíduos", pontuou Luana. Para enfrentar esse desafio, o estado promove ações como a regulamentação do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro (PEGC) e o desenvolvimento de um sistema de monitoramento ambiental nas zonas portuárias e industriais, iniciando pela Baía de Todos os Santos (BTS) no âmbito do Plano de Desenvolvimento Sustentável da BTS. Em 2023, a Sema também assinou uma Carta de Compromisso com metas prioritárias para o ciclo, reforçando o compromisso com a redução da poluição. Entre essas metas, destacam-se campanhas de conscientização e treinamentos para gestores municipais, além de incentivos à reciclagem com o apoio de catadores de materiais recicláveis, promovendo a inclusão socioeconômica. Em parceria com ONGs e o setor privado, a Sema organiza campanhas de coleta em manguezais e praias, visando reduzir a poluição em ecossistemas, e colabora com universidades para o desenvolvimento de tecnologias de controle da poluição plástica.