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Bahia soma 96 mil vagas em 2023, apesar de queda

Em outubro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, a Bahia eliminou 579 postos com carteira assinada (diferença entre 82.210 admissões e 82.789 desligamentos). Trata-se do primeiro saldo negativo do ano. Os dados foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O saldo de outubro se revelou inferior tanto ao de setembro ( 15.150 postos) quanto ao de outubro do ano passado ( 5.809 postos). A Bahia, dessa forma, passou a contar com 2.148.367 vínculos celetistas ativos, uma variação negativa de 0,03% sobre o quantitativo do mês anterior. Na Bahia, em outubro, três das cinco grandes atividades registraram saldo positivo.

O segmento de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas ( 1.731 vagas) foi o que mais gerou postos. Em seguida vieram Serviços ( 532 postos) e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura ( 16 vagas). Os setores de Construção (-1.913 empregos) e Indústria geral (-943 vínculos), portanto, foram os que apresentaram perda líquida de postos, sendo os responsáveis pelo saldo negativo do mês. No mês, o Brasil computou um saldo de 132.714 vagas e o Nordeste registrou 18.345 novos postos - variações de 0,28% e 0,23% sobre o estoque do mês anterior, respectivamente. A Bahia (-0,03%), portanto, exibiu uma variação relativa de sentido contrário às do país e da região nordestina.

Das 27 unidades federativas, houve crescimento do emprego celetista em 24 delas em outubro. A Bahia exibiu o menor saldo do país. Em termos relativos, a unidade baiana também se situou na última posição. No Nordeste, com exceção da Bahia, todos os estados experimentaram alta do emprego formal. O maior saldo da região foi registrado em Pernambuco, com 5.010 novos postos. Em termos relativos, o destaque foi Alagoas, com variação de 0,74%.No agregado do ano, a Bahia preencheu 96.072 novas vagas - aumento de 4,68% em relação ao total de vínculos do começo do ano.

Segundo o especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais da SEI, Luiz Fernando Lobo, "a despeito da leve perda de postos observada em outubro, a geração de postos de trabalho com registro em carteira na Bahia continua surpreendendo em 2024, visto que o saldo acumulado de janeiro a outubro deste ano, com pouco mais de 96 mil novos postos, supera o resultado para o mesmo conjunto de meses do ano passado, quando 82.634 novos vínculos empregatícios foram estabelecidos - quase 13.500 novos postos a mais".

O crescimento do emprego também foi observado no Brasil e no Nordeste no ano, com 2.117.473 e 357.793 novas vagas, respectivamente - altas de 4,65% e 4,70% em relação ao quantitativo do início de 2024. A Bahia ( 4,68%), dessa forma, exibiu um crescimento relativo maior do que o do país.