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Mais de 500 mil saem da pobreza no Maranhão

De acordo com dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2024, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 567 mil maranhenses deixaram a pobreza e a extrema pobreza em apenas um ano. A publicação revela que o Maranhão registrou uma redução significativa no número de pessoas em situação de extrema pobreza e de pobreza em 2023, em comparação com 2022. Este é o segundo ano consecutivo de redução da extrema pobreza no estado. O estudo aponta que a proporção de pessoas em extrema pobreza no Maranhão caiu para 12,2% em 2023, comparado a 15,0% em 2022. Esse recuo no indicador de extrema pobreza no estado foi de -2,7 pontos percentuais, o mesmo da média da região Nordeste, e superou a queda nacional de 1,5 ponto percentual. O estudo revela que em 2022, o Maranhão tinha 4,055 milhões de pessoas em situação de pobreza, número que caiu para 3,683 milhões em 2023, o que representa uma redução de 372 mil pessoas. A SIS, anualmente, apresenta um panorama geral da realidade socioeconômica brasileira, abordando a pobreza monetária nos estados, um indicador que mede se a renda das famílias é suficiente para garantir o seu bem-estar.

O IBGE adota as diretrizes do Banco Mundial para a classificação de pobreza: pessoas com uma renda de US$ 2,15 por dia (equivalente a R$ 209,00 por mês) são consideradas em extrema pobreza, enquanto as que ganham US$ 6,85 por dia. A redução na pobreza no Maranhão está diretamente associada ao aumento do nível de ocupação, com cerca de 2,601 milhões de pessoas inseridas no mercado de trabalho formal e informal. De 2022 para 2023, o estado registrou uma queda no número de desocupados pelo terceiro ano consecutivo, de 317 mil para 223 mil, uma redução de 29,6%. Em novembro, o IBGE também divulgou que o Maranhão alcançou um novo recorde na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C), com mais de 2,7 milhões de pessoas ocupadas, o que representa a maior marca desde o início da pesquisa em 2012.

A melhoria nos indicadores de pobreza no Maranhão também é explicada pelo avanço real no rendimento domiciliar médio per capita, que cresceu 12,9% de 2022 a 2023, superando a média nacional de 11,5%.