A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), definiu as metas para 2025, reforçando a integração e o foco no desenvolvimento sustentável da região. Entre as ações previstas estão a atualização da carteira de projetos estruturantes do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) e a criação de uma plataforma para monitoramento dessas iniciativas. A Sudene também planeja implantar um observatório para acompanhar políticas públicas em sua área de atuação.
Anualmente, as três instituições avaliam os avanços da parceria e traçam novos passos. O diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudene, Álvaro Ribeiro, destacou iniciativas prioritárias para 2024: "As ações voltadas aos setores de calçados e confecções na área de atuação da Sudene e o suporte à rede de municípios do G52, que reúne cidades-polo do Nordeste, estão no centro dos esforços. Outro ponto de atenção é o desenvolvimento sustentável das Bacias Hidrográficas do Rio Parnaíba e do Rio São Francisco, além de áreas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). Também está em elaboração uma carteira de projetos estruturantes para Feira de Santana (BA), com previsão de implementação até 2035.
Parcerias estratégicas
Renato Vaz, coordenador de Planos, Programas e Projetos da Sudene, reforçou o papel transformador do Pnud na parceria. "O Pnud traz expertise, metodologias e articulação internacional, potencializando nossa capacidade institucional. Esse apoio é crucial para alcançarmos nossa missão de promover o desenvolvimento regional," afirmou.
Na reunião, a economista Tania Bacelar apresentou um estudo preliminar sobre o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), instrumento essencial da Sudene. A análise sugere ampliar a cooperação com o Pnud para fortalecer o financiamento de iniciativas sustentáveis na região.
José Lindoso, diretor de Administração da Sudene, destacou a necessidade de diversificação no uso dos recursos do FDNE. "O presidente Lula tem como prioridade democratizar o acesso ao crédito. Nos últimos anos, o FDNE foi majoritariamente destinado à energia renovável. Embora estratégico, precisamos atender outros desafios regionais", pontuou.
Para Maristela Baioni, representante do Pnud, a parceria avança em um momento decisivo para o Nordeste. "A reunião gerou ideias promissoras para impulsionar recursos nacionais e internacionais.
Nosso objetivo é fomentar um desenvolvimento justo, inclusivo e economicamente viável para a região," comentou. Firmado em 2017, o acordo entre Sudene, Pnud e ABC busca alinhar ações à Agenda 2030 da ONU.
"Estamos animados com a possibilidade de ampliar a cooperação, fortalecendo os laços e garantindo um suporte mais robusto para o Nordeste," concluiu Baioni. As ações visam consolidar o protagonismo da região em iniciativas de desenvolvimento sustentável.