Alagoas resgata mais de 3 mil animais em 2024

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O ano de 2024 foi marcado pelo combate a um dos crimes ambientais mais frequentes em Alagoas: o cativeiro de animais silvestres. Esse trabalho ficou a cargo do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da Polícia Militar, responsável por fazer cumprir a Lei 9.605/98, que estabelece sanções penais e administrativas para condutas lesivas ao meio ambiente. Além disso, o BPA tem como missão planejar, coordenar e executar o policiamento ostensivo terrestre e aquático.

O sargento Rosival Santos, comandante de guarnição no BPA, esteve à frente de várias operações em 2024. Para ele, combater o cativeiro ilegal exige repressão e conscientização, pois essa prática está enraizada na cultura local. "Ao detectar os alvos, realizamos os procedimentos previstos em lei para o resgate e registro dos casos. Paralelamente, explicamos os impactos ambientais dessa prática, que muitos ainda veem como algo inofensivo ou até terapêutico. Destacamos os prejuízos às espécies, ao meio ambiente e a ilegalidade do ato", ressalta.

Ele também comentou sobre o papel da conscientização no êxito das operações. "Às vezes conseguimos que algumas pessoas entreguem os animais voluntariamente para reabilitação e retorno à natureza. No entanto, infelizmente, muitos não sobrevivem devido às condições em que são mantidos", pontuou o sargento.

O Artigo 29 da Lei 9.605/98 prevê como crime matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécies da fauna silvestre, nativas ou em rota migratória, sem permissão ou em desacordo com a autorização de órgãos competentes.

As penalidades incluem detenção de seis meses a um ano, além de multa. Depois de resgatados pelo BPA, os animais são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres.