O Ceará alcançou, em 2024, um marco histórico na área de transplantes de órgãos e tecidos, superando a marca de dois mil procedimentos realizados.
Foram contabilizados 2.029 transplantes, um salto significativo em relação aos 1.763 registrados em 2023. Esse é o maior número registrado desde o início das operações de transplantes no estado, em 1998.
O governador Elmano de Freitas comemorou o aumento de 266 transplantes em relação ao ano anterior. "Parabéns aos nossos profissionais de saúde pelo esforço e dedicação. Esse crescimento é resultado das ações voltadas a impulsionar as captações no interior do estado, com destaque para os Hospitais Regional do Cariri (HRC), Regional do Sertão Central (HRSC), Regional do Vale do Jaguaribe (HRVJ) e Hospital Regional Norte (HRN)", afirmou.
Eliana Régia Barbosa, orientadora da célula do Sistema Estadual de Transplantes (Cetra) da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), ressaltou a importância da solidariedade das famílias doadoras. "Esse número é resultado de um trabalho de equipe eficiente, aliado à generosidade das famílias que renovam a esperança de quem espera por um transplante. Também não podemos deixar de destacar o papel do Governo do Ceará, que tem dado suporte a essa causa", destacou.
Entre os procedimentos realizados em 2024, destacaram-se os transplantes de córnea, com 1.329 cirurgias - o maior volume do país -, e os transplantes de fígado, que alcançaram a marca de 252, superando o recorde anterior de 229, registrado em 2019. Além disso, foram realizados 34 transplantes de coração, consolidando o estado como referência nacional.
A Rede Sesa é composta por unidades de saúde que se destacam pela eficiência nos transplantes. O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes é especializado em transplantes de coração e pulmão, enquanto o Hospital Geral de Fortaleza (HGF) é responsável por procedimentos envolvendo córnea, fígado, pâncreas e rim.
O avanço também pode ser atribuído à descentralização da saúde no estado, com iniciativas voltadas à captação de órgãos no interior. Os Hospitais Regionais do Cariri, do Sertão Central e do Vale do Jaguaribe tiveram papel fundamental no aumento dos índices.