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Como as tecnologias estão revolucionando a manutenção de ativos no setor de óleo e gás?

Por Juan Ferrari*

Desde a década de 1980, a tecnologia tem sido utilizada no segmento de óleo e gás de maneira reativa para inspeções manuais e ações corretivas. No entanto, foi a partir dos anos 2000 que investimentos começaram a ser amplamente destinados a abordagens preventivas, com sistemas informatizados e soluções como o Supervisory Control and Data Acquisition (SCADA), o que proporcionou ganhos significativos para a manutenção de ativos do setor.

Entretanto, os benefícios relacionados à prevenção vão além de questões ligadas ao cotidiano das empresas do segmento. Ao longo dos anos, diversos casos emblemáticos demonstraram como a negligência na manutenção de ativos pode resultar em consequências catastróficas, tanto do ponto de vista econômico quanto social. Exemplos como o vazamento da plataforma Deepwater Horizon, da BP, em 2010; a explosão da refinaria de Texas City, também da BP, em 2005; o desastre de Piper Alpha, da Occidental Petroleum, em 1988; e a explosão da plataforma P-36, da Petrobras, em 2001, são provas disso. Além das perdas humanas irreparáveis, esses eventos acarretaram prejuízos bilionários para as empresas responsáveis, evidenciando o impacto direto da gestão de ativos na segurança e na sustentabilidade.

Diante disto, ao possibilitar decisões baseadas em dados e maior visibilidade dos ativos, o emprego de recursos tecnológicos para a realização de manutenções preditivas e preventivas aumentou significativamente a segurança de equipamentos e pessoas, possibilitando às empresas do segmento realizarem um planejamento mais assertivo da atividade industrial, além de reduzirem custos e estenderem a vida útil de maquinários.

*Co-founder e Gerente Comercial da Fracttal Brasil