A economia do Nordeste, medida pelo índice IBCR-NE do Banco Central, avançou 3,2% no 1º trimestre de 2024, superando o crescimento nacional de 1%. Com isso, a região foi a que mais cresceu economicamente no Brasil, algo que não acontecia desde março de 2015. Em seguida, estão o Norte e o Sudeste (com 3,1%) e o Sul (1,4%). O Centro-Oeste não registrou crescimento no período. O Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) destacou que o avanço da atividade econômica no início do ano foi impulsionado pelo crescimento nos setores de Comércio e Serviços.
Aumento de 47% nos recursos aplicados pelo Banco do Nordeste nestes setores, passando de R$ 1,9 bilhão no 1º trimestre de 2023 para R$ 2,8 bilhões em 2024, reforça esse cenário.
Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, ressaltou que a atuação da instituição, com recorde de contratações, contribuiu para a evolução econômica da região.
Ele ainda afirmou que a perspectiva é de manutenção desse crescimento nos próximos dez anos, com o banco apto a impulsionar o desenvolvimento regional.
O economista Allisson Martins, do Etene, também destacou fatores como o aumento da oferta de empregos, o crescimento do rendimento médio real e a desinflação como contribuintes para o crescimento da região.
No nível estadual, o Ceará liderou o crescimento, com alta de 4,4% no índice de atividade econômica, especialmente devido ao aumento de 9,1% nas vendas do comércio varejista. A Bahia teve um crescimento de 3,1%, enquanto Pernambuco avançou 2,5%.
