Por:

Desafios e avanços na saúde da mulher

Por Anna Alencar*

O Índice Global de Saúde da Mulher de 2021, que avalia aspectos como prevenção, bem-estar emocional, segurança, necessidades básicas e condições individuais, classificou o Brasil como 104º colocado entre os 142 países analisados na pesquisa. Esse dado revela uma realidade em que, embora o debate sobre a saúde feminina tenha avançado, os desafios na oferta de cuidados adequados ainda são expressivos e persistem como um entrave significativo no Brasil.

Enquanto o setor busca equilibrar essa balança, a tecnologia vem se consolidando como um dos principais meios para acelerar mudanças. Para isto, ferramentas digitais têm sido incorporadas à rotina médica a fim de melhorar diagnósticos, tornar o atendimento mais eficiente e reduzir desigualdades históricas no cuidado com as mulheres. Mas, para que essa transformação ocorra de maneira efetiva, é preciso ir além da adoção de novas tecnologias, elas precisam ser aplicadas com estratégia, direcionadas para solucionar as lacunas reais no atendimento e na prevenção.

Além disso, à medida que cresce a triagem de determinantes sociais da saúde, soluções digitais têm se mostrado fundamentais para transformar esses dados em intervenções mais eficazes. Com isso, torna-se possível personalizar condutas médicas, otimizar o tempo de atendimento e elevar a segurança das pacientes, promovendo uma abordagem mais equitativa na cardiologia.

O impacto da tecnologia vai além do suporte direto aos médicos. Ele se estende a todo o ecossistema de saúde, facilitando a tomada de decisões e aprimorando a experiência do paciente. No contexto da saúde feminina, o acesso dos profissionais a ferramentas tecnológicas permite um atendimento mais ágil, preciso e embasado, contribuindo para melhorar desfechos clínicos.

Vale ressaltar, no entanto, que as decisões finais continuam sendo prerrogativa dos profissionais de saúde, cuja atuação, fortalecida por novas tecnologias, se torna ainda mais estratégica. Com um suporte adequado, os médicos podem superar desafios históricos e promover uma assistência equitativa, garantindo que as mulheres recebam o cuidado que realmente necessitam.

*Customer Success Manager da Wolters Kluwer Health no Brasil.