A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) registrou um avanço expressivo na coleta de embalagens vazias de agrotóxicos em 2024. Em dez ações realizadas em municípios do Agreste, Zona da Mata e nos litorais Sul e Norte do estado, foram recolhidas 16.673 unidades. O número representa um crescimento de 99,24% em relação ao total de 2023, quando foram contabilizadas 8.368 embalagens, e reafirma a importância das campanhas de conscientização e fiscalização junto aos produtores.
As ações itinerantes contaram com a adesão de mais de 100 produtores rurais, que participaram ativamente das entregas. A quantidade recolhida corresponde a aproximadamente 9.375 quilos de plástico e 3.072 quilos de papelão, materiais que, ao receberem destinação correta, deixam de representar risco ao meio ambiente. A coleta evita o descarte inadequado desses resíduos, contribuindo para práticas agrícolas mais sustentáveis em Alagoas, além de atender às exigências legais sobre o manejo adequado de embalagens de defensivos agrícolas, exigência prevista na legislação ambiental vigente.
O município com maior volume de material entregue foi Coruripe, com mais de 9.700 embalagens recolhidas em duas ações. Em seguida, aparece Arapiraca, com 3.425 unidades, e São Sebastião, com 1.791. Após o recolhimento, todas as embalagens foram encaminhadas para a central de recebimento, onde receberam o tratamento e destinação final adequados, conforme as normas ambientais e sanitárias vigentes, o que reforça o compromisso do estado com a responsabilidade ambiental e a saúde pública. A logística de transporte e triagem seguiu protocolos técnicos que garantem a segurança dos envolvidos no processo.
De acordo com Paulo Melo, chefe do Núcleo de Agrotóxicos da Adeal, o crescimento expressivo no número de embalagens entregues é resultado direto da articulação entre diversas instituições e segmentos do agronegócio. "Essa ação é fruto de uma parceria entre a Adeal, a ADRAAL, o InpEV e as secretarias municipais de Agricultura, além das lojas de revenda, instituições como a Asprovac e, principalmente, os produtores rurais. Graças a essa união de forças, conseguimos alcançar esse incremento no quantitativo das embalagens recebidas no ano passado", afirmou.