O Piauí reduziu em 27,59% o número de mortes por infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascular cerebral entre 2022 e 2024, alcançando o maior índice de redução do país. O Rio Grande do Norte ocupa o segundo lugar, com uma diminuição de 19,28%, e o Espírito Santo aparece em terceiro, com uma queda de 18,92%.
Essa redução expressiva reflete os esforços do Piauí no enfrentamento das doenças cardiovasculares, que são uma das principais causas de morte no Brasil. Em 2022, o estado registrou 2.769 óbitos por infarto e AVC, número que caiu para 2.005 em 2024, conforme os dados do Ministério da Saúde.
De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade CID-10, a taxa de mortalidade por infarto agudo do miocárdio no Piauí caiu 27,33%, o maior percentual entre os estados brasileiros.
A redução da mortalidade é atribuída às ações das Linhas de Cuidado para AVC e IAM, implantadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) em setembro de 2022. Essas iniciativas visam fortalecer a rede de saúde pública e garantir um atendimento rápido e eficaz para as vítimas dessas doenças. O secretário de Saúde, Antonio Luiz Soares, destaca que desde a implantação do serviço, mais de mil trombólises foram realizadas. Esse procedimento, quando feito dentro do tempo recomendado, aumenta consideravelmente as chances de recuperação das vítimas, reduzindo as sequelas.
Além do Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina, as Linhas de Cuidado para IAM e AVC estão presentes em diversos hospitais estaduais em todo o Piauí, incluindo em municípios como Picos, Floriano, São Raimundo Nonato, Piripiri, Campo Maior, Parnaíba, Oeiras, Simplicio Mendes, Esperantina, Corrente, Luzilândia, Bom Jesus, São João do Piauí, Uruçuí, Valença, Barras, Demerval Lobão e Amarante.
"Esses resultados mostram que estamos avançando na prevenção e no cuidado das doenças cardiovasculares em nosso estado, com atendimento de qualidade na rede pública, e contribuindo para a redução da mortalidade. A meta é expandir ainda mais os serviços das Linhas de Cuidado, garantindo um atendimento cada vez mais ágil e eficaz", afirma Dirceu Campêlo, superintendente de Média e Alta Complexidade da Sesapi.