Devido ao aumento da quantidade de incêndios na região, Boa Vista (RR) foi classificada como uma cidade com qualidade do ar péssima, por algumas horas da noite de terça-feira (20). A análise foi divulgada pela Plataforma Selva, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que monitora a qualidade do ar em tempo real.
Na escala de nível de poluentes, que vai de 0 a 160 µg/m3 (microgramas por metro cúbico), Boa Vista atingiu 133.5 µg/m3, às 23h. A situação se tornou menos crítica durante a madrugada. Posteriormente, na manhã de quarta-feira (21), a núvem de fumaça que cobria a cidade se dissipou e o ar na capital voltou a ser classificado como muito bom. A núvem escura decorrente das queimadas ficou visível nos bairros de Cidade Satélite, Canarinho, Bairro dos Estados, Joquei Clube, Alvorada, Operário, São Francisco, Caimbé e Caranã.
As autoridades de saúde do estado alertam para o risco de doenças repiratórias causadas pelo excesso de fumaça. já que o poluente contém partículas finas e substâncias químicas que causam danos às células dos pulmões.
Roraima bateu recorde como o estado com maior quantidade de focos de calor em áreas urbanas e rurais. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa espaciais (INPE), dos 15 municípios do Brasil com mais focos de queimadas, 14 são de Roraima. Desse total, três - Uiramutã, Normandia e Amajari - decretaram situação de emergência devido à estiagem.
Amajari é o município do estado que registra a maior quantidade de focos de calor, com 138, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisa espaciais (INPE). O município é seguido por Caracaraí, Mucajaí e Rorainópolis, com 95, 85 e 69 focos, respectivamente.