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Enchentes afetam 7,7 mil produtores rurais no Acre

Áreas onde a situação está mais crítica correspondem a 78% do território do estado | Foto: Governo do Acre

O governo do Acre fez um levantamento dos estragos provocados na agropecuária pelas enchentes que atingiram o estado, decorrente da cheia de rios e igarapés. De acordo com o relatório da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), 7.710 pessoas foram prejudicadas.

O secretário da Seagri Luís Tchê salientou que os produtores rurais do estado ficam expostos a diferentes impactos das inundações.

"Consideramos afetados, severamente, os grandes produtores, como os de milho e soja; e os médios e pequenos [produtores], principalmente com as produções de banana e mandioca. Além disso, o setor de fruticultura, ainda em fase inicial de desenvolvimento, foi duramente atingido", explicou.

Ainda segundo o secretário, a prioridade do governo é distribuir água potável, alimentos e recursos para atender à população, sobretudo as comunidades indígenas. Conforme o relatório da secretaria, a perda de insumos agrícolas afeta a produtividade do setor em larga escala, visto que as enchentes degradam também as lavouras que estão em processamento para silagem e que, posteriormente, suplementam os pastos.

Para se ter ideia do impacto causado pelas enchentes, as áreas onde a situação está mais crítica correspondem a 78% do território do estado. Devido a isso, o governo estadual também precisou realizar operações de resgate e assistência aos moradores que estão em regiões de difícil acesso. Como plano de assistência, o governador do Acre, Gladson Cameli, determinou a expansão do programa "Peixe no Prato", que beneficia o setor com a compra da produção dos piscicultores do estado. Agora, o programa passará a integrar outras cadeias produtivas.

Parto delicado

O Hospital Geral Dr. Márcio Rogério Camargo também foi invadido pelas águas e alguns pacientes precisaram ser atendidos em salas de emergência improvisadas. Foi o caso da jovem Albaniza das Neves, 27 anos, que passou por um parto de risco.

"Foi um parto complicado, porque a paciente tem várias doenças crônicas como lúpus e insuficiência renal crônica. Ela faz a hemodiálise na capital e estava aqui no município por motivos pessoais. Ela chegou na unidade em trabalho na fase ativa de parto, período expulsivo, e teve como resultado um bebê de 1,75 kg", contou a médica Hellem Chagas, responsável pela Unidade Mista de Saúde do Jordão.

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