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Florestas públicas serão concedidas em Rondônia

Até 2026, a meta é realizar a concessão de 4 milhões de hectares de florestas públicas | Foto: Divulgação

A Floresta Nacional de Bom Futuro, localizada em Rondônia, apresenta um desmatamento de 17 mil hectares, enquanto a Gleba João Bento, situada nos estados de Rondônia e Amazonas, acumulou quase 56 mil hectares de desmatamento. Ambas as áreas serão concedidas à iniciativa privada com o objetivo de promover a restauração e a geração de créditos de carbono. A iniciativa é nova e tem como objetivo recuperar a vegetação nativa, com a aplicação de uma gestão sustentável de florestas públicas na região amazônica.

O modelo de concessão é o resultado de um acordo de cooperação técnica firmado entre o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. O acordo conta com o aporte de US$ 800 mil do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), provenientes do Fundo Verde para o Clima, uma iniciativa internacional voltada ao enfrentamento das mudanças climáticas.

Além das unidades federais, também serão apoiados projetos de concessão em nível estadual. Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, anunciou durante a cerimônia que serão investidos R$ 30 milhões em estudos para projetos de concessão na Amazônia.

Os estudos irão apresentar propostas de concessões de florestas públicas estaduais, a fim de arcar com a necessidade de recuperação da vegetação nativa, bem como para garantir o retorno financeiro dos investimentos por meio de práticas de manejo ambiental adaptadas às características de cada área.

O Serviço Florestal Brasileiro estabeleceu a meta de concessão de 4 milhões de hectares de florestas públicas federais até 2026, para serem incluídos em projetos de recuperação e manejo florestal sustentável propostos pela iniciativa privada. Estima-se que as iniciativas gerem 25 mil empregos e uma renda anual de R$ 60 milhões nos municípios abrangidos.

O mercado de crédito de carbono, de onde vai surgir parte do retorno financeiro, opera como um sistema de compensação de emissões de carbono ou equivalentes de gases de efeito estufa. Empresas que não conseguem atingir suas metas de redução de emissões podem adquirir créditos de carbono, enquanto aquelas que reduzem suas emissões podem vendê-los.