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Observação de aves cresce no Acre

Em Rio Branco (AC), Rodrigo Pádula, um jovem de 12 anos, apaixonado pela observação de aves, lançou o livro "Aves do Condomínio Chácara Ipê", com o objetivo de conscientizar sobre a preservação das aves. Com a ajuda da mãe, Fernanda Brasil, Rodrigo fotografa aves do condomínio onde mora, onde já registrou 100 espécies diferentes.

O livro contou com a colaboração do doutor Edson Guilherme da Silva, professor da Universidade Federal do Acre (Ufac) e especialista em ornitologia. "Meu livro ajuda a compreender o que é a avifauna urbana de Rio Branco", afirma Rodrigo.

O adolescente participou do evento Avistar Brasil, realizado em São Paulo, entre os dias 17 e 19 de maio. Com isso, ele se juntou a observadores de aves de todo o Brasil, que ainda puderam participar de exposições e oficinas.

A prática de observação de aves, ou birdwatching, está crescendo significativamente no Acre. O professor Edson Guilherme destaca que o estado possui infraestrutura adequada para receber observadores do Brasil e do exterior. "Quando falamos de infraestrutura nos referimos a hotéis, veículos, guias e locais adequados para a prática de observação de aves", explica Edson. Com aproximadamente 720 espécies de aves — mais de 50% das espécies da Amazônia — o Acre ainda abriga 23 espécies endêmicas, tornando-se um local privilegiado para a observação de aves.

Ricardo Plácido, biólogo e servidor público, e Wyllyan Alencar, também biólogo, são outros exemplos de observadores dedicados que atuam no Acre. Ricardo foi o primeiro brasileiro a registrar a rara espécie choca-do-acre, enquanto Wyllyan descobriu o ninho da flautim rufo. Dessa forma, ambos contribuíram significativamente para a ciência.