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Missões de paz contam com policiais do Amazonas

O Dia dos Mantenedores da Paz destacou o papel crucial dos Peacekeepers da ONU na estabilização de nações afetadas por conflitos internos. Na Polícia Militar do Amazonas (PMAM), vários profissionais têm histórias inspiradoras que foram construídas durante as participações em missões de paz.

Um exemplo é o tenente-coronel PM Fábio Honda, que esteve presente em duas missões no Haiti, entre 2010 e 2011 e entre 2014 e 2015. Sua experiência incluiu o trabalho com a equipe UNPOL SWAT e a Coordenação das Formed Police Units (FPU), contribuindo diretamente para a segurança e estabilização do país caribenho.

"Foi um período impactante, pois testemunhei o país ainda em ruínas, em decorrência do Terremoto, e suas consequências diretas, como os enormes campos de pessoas desabrigadas, a ação de gangues e o prejuízo à infraestrutura do país", relembrou o tenente-coronel Honda.

O coronel PM Algenor Teixeira, que atua na Secretaria Executiva Adjunta de Operações, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), também participou da missão de Paz no Haiti entre o período de 2009 a 2011, durante os terremotos que atingiram o país.

"Durante esse período, houve um terremoto no dia 12 de janeiro e eu estava lá, sou sobrevivente desse terremoto, eu ajudei, nas primeiras 48 horas, a organizar toda a gestão daquela crise, porque todos os postos de comando acima do meu tinham morrido no terremoto, então a gente assumiu essa função temporariamente", explicou o coronel Algenor.

Após isso, o setor em que o coronel atuava passou a ser responsável por organizar os grupos de busca e resgate. A seção prestava assistência às vítimas do terremoto e fazia a reconstrução das unidades atingidas pelo tremor que atingia o território.

Além disso, a capitão PM Juliana Nattrodt fez história como a primeira mulher da PMAM a participar de uma missão de Paz. Sua experiência no Sudão do Sul, de novembro de 2021 a abril de 2023, foi marcada pelo compromisso com a capacitação da polícia local e a proteção dos civis em um contexto pós-guerra.

"Eu me sinto muito honrada por ter feito parte de uma missão de paz da ONU, e poder colaborar com meu trabalho, representando meu Estado e o Brasil, em uma instituição internacional. Exercer minha profissão num ambiente de pós-guerra me fez conhecer outra realidade, e também a ter um entendimento melhor sobre as diferenças étnicas de um povo e respeitar suas diversas culturas", disse a capitão.