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Seca nos rios do Amazonas preocupa a indústria

A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) expressou preocupação com os potenciais impactos da estiagem no Amazonas em 2024, citando um vídeo viral de Tabatinga que mostra o baixo nível do Rio Amazonas como um exemplo. O presidente da associação, José Jorge do Nascimento Junior, alertou que a seca deste ano na Amazônia pode ser a pior da história, ultrapassando a estiagem do ano anterior, conforme previsto pela Defesa Civil do Amazonas.

"É importante que o poder público tome medidas urgentes e imediatas para mitigar os impactos adversos da iminente estiagem, que se avizinha com grande rapidez e promete ser a mais severa da história. Há o risco real de uma crise econômica, ambiental e social de proporções inéditas, cujas consequências serão muito desoladoras", destacou o presidente da Eletros.

O vídeo evidencia a significativa redução no nível do Rio Amazonas em Tabatinga, enfatizando que vastas áreas de terra exposta deveriam estar submersas sob níveis de água elevados. Em vista dessa previsão de severa seca para 2024, José Jorge do Nascimento Junior pediu que as autoridades públicas adotassem medidas urgentes para diminuir os impactos negativos no comércio e na população.

Além disso, ele enfatizou a importância da dragagem, um processo de escavação que procura aprofundar vias navegáveis de rios, lagos, mares e canais, programada para junho, como uma estratégia crucial para amenizar os efeitos da estiagem, advertindo que a demora ou falha na execução dessa medida poderia resultar em danos adicionais significativos.

Em outubro de 2023, o Rio Negro registrou uma seca histórica ao alcançar 13,59 metros em 16 de outubro. Posteriormente, as águas continuaram a baixar, chegando, pela primeira vez em 121 anos, a ficar abaixo dos 13 metros.

A seca histórica levou o Rio Negro, no Amazonas, a se distanciar do Centro e da Zona Oeste de Manaus. Na Zona Leste, dois lagos secaram completamente. Desde setembro, a navegação foi afetada, mas os navios puderam retomar suas rotas em dezembro com a subida do rio.

A Defesa Civil do Estado relatou que mais de 600 mil pessoas em 62 municípios foram diretamente afetadas pela estiagem.