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Acre registra aumento de queimadas

No primeiro semestre de 2024, o Acre já contabiliza 121 focos de queimadas, marcando um aumento de 152% em comparação ao mesmo período no ano anterior, conforme informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os dados revelam uma situação preocupante, especialmente em junho deste ano, que alcançou 85 focos, superando os 31 registrados em 2023 e representando um aumento de 174%.

O mês de junho de 2024 também destaca-se por registrar a segunda maior marca histórica de focos de queimadas para este período, ficando atrás apenas de junho de 2016, quando foram detectados 101 focos.

Desde o início do ano, os meses anteriores apresentaram números relativamente baixos: oito focos em janeiro, sete em fevereiro e março, três em abril e 11 em maio. No mês de junho, os dias com maior incidência foram 5 e 25, com 12 focos de queimadas registrados.

Além dos incêndios florestais, toda a Bacia do Rio Acre encontra-se em alerta máximo devido à seca severa. A falta de chuvas tem agravado a situação, com o nível do Rio Acre em Rio Branco marcando apenas 1,79 metros nesta quarta-feira (26), o menor registrado para o mês de junho em dez anos, segundo dados da Defesa Civil municipal.

A situação crítica levou o Estado a decretar emergência, dada a escassez de chuvas e o baixo nível dos mananciais em toda a Bacia. Esta medida tem vigência até o final de 2024, refletindo a antecipação de uma seca que já estava sendo prevista por especialistas desde o final de maio, quando o Rio Acre atingiu 2,52 metros, a menor marca já registrada para este mês.

Diante deste cenário, autoridades e especialistas monitoram a evolução das condições.