Na última sexta-feira (28), a Polícia Civil do Amapá, em colaboração com a Delegacia Especializada em Tóxicos e Entorpecentes (DETE) e unidades policiais dos estados de Mato Grosso e Rondônia, com apoio do Distrito Federal, deflagrou a 'Operação Rei da Pedra'. A ação visa desarticular uma organização criminosa dedicada ao narcotráfico, responsável pelo transporte de grandes quantidades de drogas, especialmente crack, para o Amapá.
Segundo informações da polícia, o grupo investigado é apontado como o principal fornecedor de entorpecentes para o estado do Amapá, utilizando uma estrutura sofisticada que envolve transporte, fornecedores, intermediários e esquemas de lavagem de dinheiro. A operação, ainda em andamento, busca desmantelar completamente essa rede criminosa.
Segundo o Delegado Estefáno Santos, "Estes indivíduos são especialistas no tráfico das entorpecentes e tinham como principal fornecedor o estado de Rondônia, precisamente em Porto Velho".
Ele acrescentou que o grupo operava há aproximadamente três anos, enviando meio tonelada de crack para o Amapá.
A ação coordenada resultou na execução de 45 ordens judiciais nos três estados envolvidos. Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de bloqueio e sequestro de valores em contas bancárias, além do sequestro de veículos. Doze pessoas foram presas durante a operação, e um indivíduo ainda está foragido.
No Amapá, nove pessoas foram detidas, incluindo três que já cumpriam pena no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Um veículo utilizado no transporte das drogas foi apreendido, juntamente com R$ 7.500 em dinheiro. As prisões e apreensões ocorreram nos bairros do Zerão e Universidade, na Zona Sul de Macapá, totalizando 13 prisões no estado.
Em Rondônia, um integrante da organização foi preso, e um veículo utilizado para o transporte ilícito também foi apreendido. No Mato Grosso, um indivíduo responsável pelo transporte da droga, conhecido como 'mula', foi detido pelas autoridades.
A 'Operação Rei da Pedra' faz parte da Operação Nárke, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que tem como objetivo primário o combate ao tráfico de drogas.
Estima-se que o grupo criminoso tenha movimentado cerca de R$ 10 milhões com suas atividades ilícitas.
