Em junho deste ano, o Estado do Pará alcançou uma redução de 38% nos alertas de desmatamento em comparação ao mesmo período de 2023, segundo dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O relatório revela que a área coberta por alertas foi de 186 km², marcando uma diminuição de 116 km² em relação aos 302 km² registrados no ano anterior.
A queda significativa é atribuída aos investimentos estaduais em inteligência e à integração das forças de segurança, que têm fortalecido a fiscalização e a aplicação da lei.
Essas medidas incluem o uso de tecnologias avançadas de monitoramento e análise de dados, visando combater os ilícitos ambientais de maneira mais eficaz. Segundo o governador Helder Barbalho, essa estratégia não apenas protege a floresta, mas também assegura um futuro sustentável para as próximas gerações.
O menor valor registrado para junho desde 2019, com uma redução de 66% em relação a 2020, reforça a consistência dessa tendência positiva. No acumulado de agosto de 2023 a junho de 2024, no âmbito do ano Prodes, a área afetada por alertas no Pará totalizou 1.396 km², uma queda de 47% em comparação ao período anterior, equivalente a 1.246 km².
Na Amazônia Legal, a redução também foi expressiva, com uma diminuição de 31% na área coberta por alertas em junho de 2024 em comparação a 2023, totalizando 457 km². Destes, o Pará contribuiu com 50%, seguido pelo Mato Grosso com 36%.
Nos 15 municípios prioritários do Pará, onde foi decretada emergência ambiental, a redução foi de 46% em junho. Em 2023, esses municípios responderam por 73% do desmatamento total do estado, enquanto em 2024 a participação caiu para 68%, refletindo uma melhoria na gestão ambiental local.
No acumulado do ano Prodes 2024, a área de alertas nesses municípios diminuiu em 61%, destacando-se reduções significativas em Portel, São Félix do Xingu e Altamira.
Esses resultados indicam um avanço importante nas políticas de preservação ambiental no Pará, demonstrando que iniciativas coordenadas podem efetivamente conter o desmatamento e promover a sustentabilidade na região.
