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AM registra aumento de queimadas

Na terça-feira (16), o Amazonas enfrentou um cenário preocupante com 117 focos de queimadas, segundo dados do Programa de BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Comparativamente, no mesmo dia do ano passado, foi registrado apenas um foco de calor na região. A situação se intensificou na quarta-feira (17), com 70 novos focos.

O município de Lábrea, conhecido como arco do fogo, figura como o segundo do país com mais queimadas em julho, totalizando mais de 180 focos até a última terça-feira. Esse número coloca Lábrea atrás apenas de Corumbá, no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Com 443 focos de queimada registrados somente em julho deste ano, o Amazonas enfrenta uma situação de emergência ambiental em 22 dos seus 62 municípios. A seca severa já afeta a região, com destaque para municípios como Envira, onde mais de dez mil pessoas sofrem com o isolamento devido à baixa do Rio Tarauacá, que mede 5,26 metros este ano contra 8,55 metros no ano anterior.

O governo estadual decretou emergência ambiental por 180 dias, proibindo a prática de queimadas em todas as suas formas, em um esforço para conter os impactos ambientais e sociais da seca que se agrava na região. As medidas visam proteger não apenas o ecossistema amazônico, mas também mitigar os problemas de saúde pública decorrentes da fumaça e da poluição atmosférica.

Além disso, a seca prolongada já provoca dificuldades significativas para comunidades ribeirinhas, com embarcações encalhadas e problemas no abastecimento geral. A situação crítica no Amazonas é monitorada de perto pela Defesa Civil, que recomenda a transferência de moradores de áreas vulneráveis para locais mais seguros.