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Nível do Rio Acre atinge mínima histórica

O nível do Rio Acre, em Rio Branco, alcançou o ponto mais baixo de 2024 neste sábado (20), registrando 1,61 metros às 6h, segundo informações da Defesa Civil da capital. Esta medição representa uma queda de 23 centímetros em relação ao nível registrado no último domingo (14), quando estava em 1,84 metros, o segundo maior do mês, mesmo sem chuvas significativas no período.

O mês de julho tem sido marcado pela escassez de chuvas na região, com exceção do dia 8, quando Rio Branco registrou 58,6 milímetros. Em junho, o acumulado foi de apenas 21,1 milímetros, o que representa 34% do total esperado para o mês.

A seca prolongada já afeta severamente a produção agrícola, retardando o crescimento de culturas como milho, macaxeira e melancia. Esta condição contrasta com o período de fevereiro a março deste ano, quando o Acre enfrentou a segunda maior enchente de sua história desde 1971, desalojando mais de 11 mil pessoas.

Diante do cenário crítico, o governo estadual e a prefeitura de Rio Branco decretaram emergência por causa da seca e do risco de incêndios florestais desde junho. Um gabinete de crise foi estabelecido para coordenar medidas de contingenciamento diante da redução dos níveis hídricos e índices de chuva.

No interior do estado, cidades como Feijó, Epitaciolândia e Bujari também decretaram emergência devido à seca extrema, afetando rios e igarapés locais. A falta de água já compromete o abastecimento em comunidades, com impactos significativos para moradores e produtores locais.

A situação alerta para a possibilidade de um período de seca mais prolongado e frequente, um fenômeno que tem se intensificado nos últimos anos na região.