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Aumento alarmante de queimadas em RO

Em apenas 23 dias deste mês, Rondônia enfrentou um crescimento significativo nos registros de queimadas, conforme dados do Programa de BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número de 763 focos identificados representa um aumento alarmante de 189% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Porto Velho desponta como o epicentro desse cenário preocupante, liderando com o maior número de focos no estado, seguido por Nova Mamoré com 104 ocorrências, Cujubim com 76 e Candeias do Jamari com 67.

Nacionalmente, a capital rondoniense figura como a quarta cidade com maior incidência de queimadas neste mês, juntamente com Nova Mamoré, de acordo com os dados mais recentes.

O período mais crítico foi entre 15 e 21 de julho, quando 560 focos foram registrados apenas nesses sete dias, conforme os relatórios do BDQueimadas. Entre as unidades de conservação afetadas, o Parque Estadual Guajará-Mirim é o mais impactado, com 90 focos contabilizados na região.

A situação é agravada pela estiagem prolongada e pela seca extrema que afetam o estado. Porto Velho, por exemplo, enfrenta quase dois meses sem chuvas, de acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

As altas temperaturas e o tempo seco têm contribuído para o aumento do risco de incêndios florestais, conforme alertam as previsões do Sipam para os próximos dias, que indicam a persistência de uma massa de ar quente e seca.

A situação crítica levou o governo federal a reconhecer 18 municípios de Rondônia em estado de emergência devido à estiagem extrema, incluindo Porto Velho e Nova Mamoré.