O Rio Juruá e seus afluentes estão com níveis críticos, com alguns pontos registrando apenas um metro de profundidade. A baixa de água afeta a navegação, resultando em embarcações encalhadas e viagens prolongadas entre municípios. A escassez de água potável e alimentos está gerando preocupação, levando prefeituras a buscar apoio e recursos para enfrentar a crise. Cruzeiro do Sul e Porto Walter já decretaram estado de emergência devido à situação.
Em 24 de julho, o prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima, decretou Estado de Emergência Nível I por 180 dias. A medida foi tomada em resposta à redução das chuvas e dos níveis dos cursos hídricos, que têm causado prejuízos sociais e econômicos, e aumentado o risco de incêndios florestais.
Porto Walter também enfrenta problemas devido à seca no Rio Juruá, que está com 1 metro e 12 centímetros de profundidade. O prefeito Cesar Andrade publicou um decreto de emergência nível 2, citando a ameaça à segurança alimentar e à falta de água potável. A seca também tem afetado a operação de voos de emergência e pode obstruir a rota aérea devido à cerração. O decreto permite mobilização do Sistema Nacional de Defesa Civil e a coordenação da Comissão Municipal de Defesa Civil (COMDEC) para implementar medidas de resposta à crise.
Além dessas localidades, a situação de seca também é grave em outras partes do Acre, como Feijó, onde o Rio Jurupari está quase seco. Em junho, o povo Kuntanawa expressou preocupação com o nível baixo do Rio Tejo, um dos afluentes do Juruá. A escassez de água está impactando a navegação e o abastecimento de diversas regiões.