A Defesa Civil de Santarém (PA) iniciou uma série de reuniões com diversas secretarias municipais e a Procuradoria Jurídica do município para planejar ações emergenciais diante da baixa dos níveis dos rios Tapajós e Amazonas. O objetivo dessas reuniões é alinhar estratégias e avaliar as ações realizadas no ano anterior, buscando formas de minimizar os impactos da seca nas comunidades mais afetadas.
No ano passado, a seca afetou 8.319 famílias em Santarém, e a expectativa é que este número aumente para mais de 8.500 famílias neste ano, com a inclusão de novas comunidades entre as mais impactadas. De acordo com Darlison Maia, coordenador da Defesa Civil, a perfuração de poços artesianos em escolas, realizada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), e o envio de insumos e apoio para comunidades isoladas pela Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca (Semap) são algumas das medidas já implementadas.
Além das questões relacionadas à água potável, há preocupações adicionais com a segurança alimentar e os incêndios florestais. Estes problemas agravaram questões de saúde no ano passado. Os níveis dos rios Amazonas e Tapajós estão cerca de um metro e quatro centímetros abaixo dos registrados no ano passado. O cenário atual indica uma seca ainda mais grave
A Defesa Civil está monitorando diariamente os níveis dos rios e as condições climáticas, não apenas em Santarém, mas também nas regiões do Amazonas e Alto Tapajós, áreas que influenciam diretamente o volume de água que chega à cidade. Vistorias em locais críticos são planejadas para iniciar a partir do dia 20 deste mês, com o objetivo de avaliar a situação e documentar os impactos.