Os focos de queimadas no estado do Amazonas têm causado uma grave deterioração na qualidade do ar em várias cidades, incluindo Manaus. No último sábado (10), a capital amazonense registrou a pior qualidade do ar do país, com bairros inteiros cobertos por fumaça.
Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) da Universidade do Estado do Amazonas, a qualidade do ar é considerada boa quando os índices ficam entre 0 e 25 micrômetros por metro cúbico.
Apesar de uma leve melhora devido às chuvas no fim de semana, o aplicativo SELVA continua registrando índices variando entre "ruim" e "muito ruim" nas estações de monitoramento da capital.
No interior do estado, a situação é ainda mais crítica, com algumas estações indicando qualidade do ar classificada como "péssima".
As medições mostram índices de poluição de 323 pontos em Humaitá, 257 em Apuí e 152 em Nova Aripuanã. Diante desse cenário, a alergista Nádia Betti alertou que idosos, crianças e pessoas com comorbidades devem tomar cuidados especiais.
Ela recomendou hidratação constante, uso de lubrificantes oculares e nasais, e, quando possível, permanecer em ambientes fechados. Para quem precisa se deslocar, a especialista sugere o uso de máscaras e a manutenção dos vidros do carro fechados.
O programa "Queimadas" do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) relatou 706 focos de incêndio no Amazonas entre a última sexta-feira e domingo, com 29 desses focos localizados na Região Metropolitana de Manaus.
Em julho de 2024, o estado alcançou um recorde de queimadas, com mais de 4,2 mil ocorrências.
