MPF pede ações contra queimadas no Pará

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O Ministério Público Federal (MPF) solicitou a intervenção urgente de órgãos federais e estaduais para enfrentar as queimadas na Terra Indígena (TI) Munduruku e no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Terra Nossa, localizados em Novo Progresso e Altamira, no sudoeste do Pará. Devido às dificuldades logísticas de acesso às áreas afetadas, o MPF requisitou o envio de aeronaves para o Ibama e a atuação da Polícia Federal (PF) tanto na TI quanto no PDS.

Além disso, o MPF enfatizou a necessidade de uma resposta mais robusta e coordenada das autoridades ambientais para enfrentar a crise. Em ofícios enviados à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), a procuradora Thaís Medeiros da Costa solicitou que a atuação no PDS Terra Nossa seja intensificada, com maior envolvimento da Semas, da PF, da PRF, do Ibama e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O Incra, por sua vez, recebeu pedidos de informações sobre um ocupante suspeito de crimes ambientais no PDS, visando verificar sua situação quanto à regularização fundiária e se ele é beneficiário do programa de reforma agrária. A investigação sobre a origem e a responsabilidade pelos incêndios é considerada essencial, especialmente à luz do histórico de incêndios criminosos no estado.

O Banco de Dados de Queimadas (BDQueimadas) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) relatou que o Pará teve o maior número de focos de calor no último fim de semana, com 1.103 registros. As cidades de São Félix do Xingu, Altamira e Novo Progresso foram as mais afetadas.

O MPF também enfatizou a importância de monitorar e investigar os focos de calor para evitar que a situação se agrave ainda mais.