Rondônia registra recordes de queimadas

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Nesta terça-feira, 26 de agosto, Rondônia enfrenta uma crise ambiental com nuvens de fumaça cobrindo várias cidades do estado.

Os dados mais recentes do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que o número de focos de queimadas registrados entre 1º de janeiro e 26 de agosto de 2024 é o maior dos últimos cinco anos, com um aumento de 144% em relação ao mesmo período do ano passado.

Somente em agosto, foram registrados mais de 3,4 mil focos, tornando este mês o mais crítico de 2024.

Em resposta ao aumento dos incêndios florestais, o governo de Rondônia decretou estado de emergência na segunda-feira, 26 de agosto.

Dados do Inpe também mostram que Rondônia é o terceiro estado brasileiro com mais focos de queimadas, correspondendo a 15% do total nacional.

Os estados com mais focos de queimadas incluem Mato Grosso, Pará e Amazonas. O crescimento das queimadas é acentuado por uma seca extrema, que tem afetado a qualidade do ar, especialmente em Porto Velho, a capital do estado, que lidera o ranking nacional de piores cidades para respirar, com um índice de qualidade do ar considerado "Perigoso" pela plataforma IQAir.

Além da crise de qualidade do ar, a seca tem causado sérios impactos nas comunidades ribeirinhas ao longo do Rio Madeira.

A falta de água é crítica, com o Igarapé Maravilha secando completamente e o Rio Madeira apresentando níveis historicamente baixos.

A previsão do tempo indica a continuidade da estiagem, sem chuvas esperadas para a bacia do Madeira, exacerbando ainda mais a crise hídrica na região.