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Amazonas enfrenta recorde de queimadas

O Amazonas registrou o maior número de queimadas para o mês de agosto em 26 anos, segundo dados do programa BD Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Entre 1º e 31 de agosto de 2024, foram contabilizados 10.328 focos de incêndio no estado, superando o recorde anterior de 8.500 focos registrado em agosto de 2021. Este número é quase o dobro do registrado no mesmo período em 2023, quando foram reportados 5.474 focos.

A área afetada pela queimada cobre uma extensa mancha de fogo de quase 500 quilômetros de comprimento, impactando também os estados vizinhos Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará.

Em resposta à crise, o governo decretou emergência ambiental em todos os 62 municípios do Amazonas e proibiu qualquer tipo de queimada. A fumaça gerada pelo incêndio está encobrindo Manaus e outros municípios do estado, resultando em problemas significativos na qualidade do ar.

Além dos incêndios, a seca severa agrava a situação. Dados da Defesa Civil do Amazonas indicam que o nível do Rio Negro, que passa por Manaus, alcançou 19 metros neste domingo, 1º de setembro, um nível crítico.

Regiões como Tabatinga e o Alto Solimões também enfrentam baixos níveis de água em seus rios. A ausência de chuvas e as altas temperaturas têm intensificado o problema, tornando a vegetação altamente suscetível às queimadas.

A alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera, detectada pelo satélite Copernicus, reflete o impacto das queimadas e contribui para o agravamento da crise ambiental na região.