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Qualidade do ar atinge níveis perigosos em Rio Branco

Nesta segunda-feira, 2 de setembro, o governo do Acre, através da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), emitiu um novo alerta sobre a deterioração da qualidade do ar na região.

A situação, que está sendo monitorada pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), é resultado de um elevado número de focos de calor na Amazônia, com uma concentração significativa de fumaça vinda do sul do Amazonas.

A qualidade do ar em Rio Branco, a capital do estado, apresentou uma média de 193,65 microgramas por metro cúbico, muito acima do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 15 microgramas por metro cúbico, esse índice coloca a qualidade do ar em um nível considerado péssimo, com a poluição sendo 13 vezes superior ao recomendado.

Devido à alta concentração de fumaça, a prefeitura de Rio Branco anunciou a suspensão das aulas nas escolas públicas da cidade a partir desta terça-feira (3) até sexta-feira (6).

A decisão visa proteger os cerca de 22 mil alunos do ensino infantil e fundamental, além dos 16 centros de educação infantil, da poluição atmosférica que tem afetado a saúde das crianças.

A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) recomenda à população medidas de proteção, como o aumento da ingestão de líquidos, a redução da exposição ao ar livre, e o uso de máscaras. A orientação é especialmente importante para grupos sensíveis, como crianças e idosos, que podem sofrer efeitos mais graves devido à poluição.

Além das ações de orientação e prevenção, o governo do Acre está intensificando a fiscalização e o monitoramento ambiental, incluindo a Operação Sine Ignis e o apoio das brigadas de incêndio. No entanto, a qualidade do ar continua crítica e a visibilidade reduzida impactando até mesmo operações aéreas de resgate.

Dados recentes mostram que, apenas em agosto, foram registrados 147 focos de queimadas em Rio Branco, um aumento de 55% em relação ao ano anterior. A umidade relativa do ar na capital está em 39%, bem abaixo do ideal de 50 a 60%.

Em resposta ao agravamento da situação, o Estado decretou emergência em saúde pública para facilitar a adoção de medidas emergenciais.