O Rio Acre em Rio Branco enfrenta a segunda maior seca já registrada em sua história. Na segunda-feira (9), o nível do manancial alcançou 1,29 metro, um pouco abaixo do recorde anterior de 1,30 metro, que havia sido registrado em 2016 e novamente alcançado este ano. Em mais de 50 anos de medições, esse é apenas o segundo caso em que o nível do rio chega tão baixo durante o ano. A Defesa Civil projeta que o nível pode cair ainda mais, possivelmente atingindo ou até superando 1,25 metro, a menor marca já registrada em 2 de outubro de 2022.
Toda a Bacia do Rio Acre está em alerta máximo devido à seca prolongada, que se agravou pela falta de chuvas nos últimos dois meses. O manancial de Rio Branco permanece abaixo de 4 metros há mais de três meses, refletindo um quadro de estiagem severa. Mais de 387 mil pessoas, tanto na área urbana quanto rural de Rio Branco, estão sendo afetadas pela situação. A seca também causou prejuízos, incluindo a perda de plantações e a redução nas vendas, além de impactar o transporte de mercadorias.
O governo estadual decretou situação de emergência devido à seca em 11 de junho, e um gabinete de crise foi estabelecido para lidar com os efeitos da estiagem e o risco de incêndios florestais. Desde então, medidas de contingência foram planejadas para enfrentar a possibilidade de o nível do rio cair abaixo de 1,25 metro. Em resposta ao histórico de secas, o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, destacou a importância de monitorar a situação e tomar medidas preventivas. A situação de seca atual destaca a vulnerabilidade da região e o impacto das mudanças climáticas.
